domingo, 15 de dezembro de 2013

Histórias de um coração que bate: Mais do mesmo

  Era tempo de se perder em meio de tantas escolhas e tantos caminhos. O menino já não tinha certeza para quem eram as cartas, para quem eram as canções ou para quem eram todos aqueles sonhos. De galho em galho; era assim que a história fazia. Como se cada dia fosse uma vida diferente e os acontecimentos sempre acabavam da mesma forma: na cama e em lágrimas. De uma coisa, ele tinha certeza, ele estava só, mas, se cansa por ter que mudar de vida todos os dias.
  Ele espera, e até hoje, espera como se os dias deixassem de ter as vidas diferentes e passar a ser uma só. Então, ele percebe que esses 4 dias deveriam se vividos, mesmo que em vidas diferentes, elas não deixam de ser vida que precisa ser vivida. Talvez, ele devesse parar de fugir da VIDA. Talvez, ele devesse apenas deixar que a vida chegasse sublime e com toda aquela paz que carrega no seu rosto robusto. Mas é estranho; a VIDA está sempre tão distante quando próximo e o menino sempre distante quanto longe.
  "É impressionante quanto a sua presença me assusta. Eu tenho vontade de me esconder. Não consigo te olhar. Você desperta uma vontade estranha; tão estranha que, por não entender, eu só penso em fugir" - pensava o menino enquanto a VIDA se aproximava. Era um cheiro doce que carregava todo aquele desejo maternal, com qual, o menino sempre quis fugir. A VIDA permanecia calada. Com suas vestes verdes e sua simpatia continuava ali, doando tudo o que há de bom para as pessoas. E o menino? Continuava no canto com suas pernas tremulas e sua enorme coragem do tamanho de uma unha.
   Aquilo tudo não passava de um primeiro passo, um primeiro susto. O menino sabia que haveria outros momentos e procurou entender o porquê de se assustar tanto. A VIDA era tão doce e robusta com um sorriso inocente e perfurador. E por se encantar pela VIDA  que o menino soube da verdade oculta no temor que sentia. "Era tão encantador! Te conquista com aquele sorriso torto e uma inocência transparente. Eu quis... na verdade, eu quero cuidar; quero mimar. E esse aperto, nada mais é, do que o anseio de saber que ter a MINHA VIDA por perto é o suficiente para ficar bem."
   Em meio de 4 vidas, o menino que não sabe amar, começa a entender que independente de qualquer valor, ele só pode ser chamado assim, se for vivido. Que venha a culpa ou a rejeição. Que venha o não e a compreensão "vulnerabilidade não é fraqueza"..."só se é corajoso quando, se, está Vulnerável". E mesmo que nada disso faça sentindo algum, ele vai vivendo na coragem de ser imperfeito. Eu sei... eu estava ali o tempo todo.

terça-feira, 10 de setembro de 2013

História de um coração que bate: um beijo, um cheiro, 91 e um terno

  "Talvez aquela tarde não tivesse saído nada da forma que planejei; e talvez aquela tarde poderia ter sido o fim; talvez eu tivesse esperando que o mundo fosse acontecer e não aconteceu nada... mas foi o melhor nada que alguém pode ter na vida. Eu achei que o cigarro iria me distrair e que talvez, assim eu parava de olhar tanto para você. Seu gato, que naquela hora mordia o cadarço do meu mocassim, já não era a desculpa perfeita para não demonstrar o meu nervosismo. Eu falava muito baixo, quase sussurrava no seu ouvido quando te disse que era especial. Eu não queria dizer aquilo. Bom, na verdade queria; mas queria falar o quão você era especial para mim.
 Eu sei que é muito estranho alguém que te viu a 8 meses atrás percorrer 523km porque queria te ver. Na verdade, eu precisava te ver. Não... ver as suas fotos madrugada a dentro não é a mesma coisa do que te sentir perto de mim. Ahhhh! São tantas coisas para falar e eu não sei se você quer ouvir. Sabe, eu gosto muito de saber de você. A sua voz me faz querer me encantar o tempo inteiro, de novo e de novo. Eu deveria te contar quantas vezes eu já escrevi para você e quantas vezes eu não consegui mandar. Eu deveria te contar o quanto eu alugo seus amigos para que eles escutem, somente, sobre você e o quanto você é lindo. Eu deveria te contar o quanto eu chorei, por horas, quando achava que não te veria mais.  A vida não é tão complicada, eu que me embolo com ela. 
 O estranho é que, naquela tarde, eu queria um beijo e parece que eu não pude fazer nada para ganhar, que eu tinha estragado tudo de novo e que todo o ar de paixão que eu queria criar tinha virado gás de pimenta. Mas como era lindo ver você cantar e mais lindo ainda saber que você olhava pra mim de canto de olho enquanto eu procurava pelo seu gato. Minha viagem não tinha sido como planejei, mas eu preferi ficar deitado do seu lado te desenhando enquanto você descobria que tinha coisas para fazer. Eu acho que eu poderia trocar toda a minha vida para ficar te namorando, afinal, eu venho fazendo isso a mais de oito meses. E a gente namora sem você saber. Eu acho que isso é amor, até porque, eu queria um beijo, mas logo quando deparei com seu sorriso que, no meio daquela guerra civil, eu não queria estar mais em nenhum lugar do que ao seu lado com você sorrindo. Eu tenho medo de morrer sozinho e tenho medo de escuro; mas meu medo maior é você achar que eu estou forçando algo. Eu me contendo com seus abraços e passaria a eternidade te fazendo um cafuné. Desde que você esteja sorrindo.
  Eu te devo desculpas por não ter ficado contigo quando você pediu. Era emergência, mas eu queria muito passar a noite com você. Te peço desculpas por te abraçar e não querer te soltar mais, além fazer cara de cachorro quando te vi indo embora. Eu te peço desculpas por te amar em silêncio e não consegui e planejar, durante meses, várias coisas para te ver sorrir e te deixar sem graça. Me desculpa por roubar o canto tua boca para usar como meu durante os 20 segundos mais felizes que eu tive durante esses 8 meses."

 91. O menino anotava e guardava esse numero porque era lá onde ele guardava o amor. Enquanto ele contava para as pessoas o quão especial o amor era ele descrevia essa história e sempre sorria. Era o amor, o mais puro e simples amor. Eu vi, eu escutava o tempo todo...

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Histórias de um coração que bate: Manta

  Os dedos dele não paravam de tremer enquanto na fila de carro as buzinas pediam por passagem no transito quilométrico daquela tarde. Logo se moviam para suas mãos e depois o corpo inteiro até parecer que ocorria um terremoto dentro do carro. Logo a voz que saia do rádio e as buzinas viram zunidos e se extinguiram em ruídos na tarde eterna. Era como uma cena de novela onde nada era problema e que tudo se resolve com um simples sim. É, o menino sorria e sorria e se banhava com toda a felicidade que a chuva derramava, apesar de quê, a chuva, sempre trazia o contrario, e hoje, era para se comemorar. Os planos davam certos e tudo parecia se encaixar como lego e cada encaixe de peça se repetia o refrão da sua música preferida e um longa história de esperança rolava na sua cabeça, várias e várias vezes.
   Nada parecia impossível naquele momento, e ele era capaz de acreditar em todas as coisas. Não, apesar de não entender tanta felicidade, ele se deleitava como criança em dia de Cosme e Damião. Era festa com direito a chuvas de doces. E como toda festa, contagiava qualquer pessoa. Sim, aquele dia foi único e as pessoas pareciam acreditar que ele recebeu um presente maior que qualquer compreensão, algo como ganhar na loteria ou uma viagem internacional com tudo pago. Ele não tinha ganhado nada disso e esses prêmios não pareciam ter valor. Ele não trocaria nada pela felicidade daquela tarde.
   Era começo, era meio e não se tinha fim. O amor parecia bater na sua porta e derruba-la raivosamente e sem saber se poderia se sentir à-vontade. E mesmo que um dia ele sofra, as primeiras 4 horas de felicidade eterna que ele teve foi o suficiente para toda uma vida sofrida e de várias madrugadas de choro. Para quem não tinha nada aquilo sempre foi tudo. E pra quem tem tudo, nunca houve nada. Até que se foi. Mas se foi, volta. Volta para de baixo da manta verde que ele te aguarda. Leve contigo toda aquela garoa de felicidade e esse vento sul pra companhia que, mesmo que seja inverno, não há frio que o encontro de seus corpos não se torne verão embaixo daquela manta. 

É verdade o que eu te digo. Eu estava ali o tempo todo...

domingo, 11 de agosto de 2013

História de um coração que bate: Un rendez-vous en France?

Agonizante... era uma espera agonizante. Não parava de contar as horas e ranger os dentes até que aparecesse um ícone redondo com uma foto de rosto com um recado de bom dia. Naquela manhã o menino tinha acordado dopado devido a medicação e com os olhos inchados do choro da noite passada. Nessas ultimas semanas ele vem muito sentindo e só o tempo sabe dizer o porque, mas ele esperava e esperava por algo. Eram todas as noites de espera, todas as noites de conversa com travesseiro, todas as noites afogando o coração tão frágil e forte.
Ele cantava para as estrelas e mandava acordes ao vento para o amor. Aquele, que ele não conhecia mas que sentia como se estivesse do seu lado todas as noites para dizer que ia embora. Ele conhecia de tão bem que até mapa astral ele adivinhava. Stellium em leão e, de uma forma tão envolvente, e sem se importar, o amor pitava o céu e ia, ia porque tinha que brilhar e ser sempre lembrado... e era...e é.
Um céu tão laranja que guarda tanto mistério, um céu tão azul que, de tão claro, não se via nem metade do que ele tinha para se mostrar. Mas estava ali, em toda a sua forma e formosura dia pós dia, noite pós noite. O menino que não sabe amar, não amava, não falava, não sentia. O menino que não sabe amar, não busca, não encontra, não descobre. Era a mesma rotina, a mesma sensação parecia que algo ia acontecer ali e de uma hora para outra um livro ia abrir e todos os planos que ele bolava aconteciam e sempre acabavam bem. Até ele cair da cama e então Não tinha uma chance, não se tinha uma dança e nem um encontro na França. Mas ele pode aprender a amar. Ele pode se deixar amar. Ele quer se amar. Ele quer amar. Amar.
Eu vi... eu estava ali o tempo todo!

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Histórias de um coração que bate: Medo de escuro

Dance
Feixes de luzes não o deixavam enxergar, mesmo que ele quisesse ver algo. Sim, era impossível dizer o queria ali naquela dista escorregadia e naquele formigueiro de gente. Era mais uma noite de calor, era quente e apertado de cheiro peculiar e nada convidativo. Mas havia motivos ou razão.
Dance Dance
Rodava, pulava, sorria e vivia aquele filme que só seus olhos viam. se livrava de toda aquela energia e angustia de gosto amargo. Eram amigos, eram companhia, eram muitos olhos e muitas vozes. E ele buscava, buscava algo que nem ele sabia o que queria. Era como um bebe que chorava porque o biscoito caiu no chão mas olhando e apontando para um brinquedo que queria pegar. Gostavas das cores e dos "TUNTZ" envolventes, filmava os movimentos, fotografava a coreográfica corporal e procurava... olhava em cada sorriso naquele mar de olhos. Talvez, haveria algo perdido ali; talvez, era só a intuição ou talvez, ele achava que as luzes poderiam te levar a algum lugar ou alguém.
Dance Dance. Dance
Que as constelações não estão em nenhum planeta e as casas não tinha numeração. Toada a atenção estavam naquele lugar. Seu corpo residia ali como uma árvore milenar. Mas sem as luzes vinha o medo, esse de estar rodando, pulando, e vivendo aquilo tudo sozinho. Medo de que aquele cheiro fosse dele e que o apertado era toda a confusão da mente dele. Luzes, era o que o menino, que não sabe amar, procurava. E o sorriso... ahhh o sorriso? era o que ele mais tinha achado de real no formigueiro de luzes, e era do que ele mai fugia. De medo, claro, medo de que o sorriso sentisse medo dele.
Então, dance dance. Dance! Dance para que tudo voltasse naquela noite e que as luzes a constelações dance com ele e que sorriso continua ali, real com era, para que tudo termine em sonho mais uma vez.
Eu vi... eu estava ali o tempo todo

terça-feira, 2 de julho de 2013

Histórias de um coração que bate: Mais velha de amor

   Não, aquela não foi ultima chuva naquele dia. Mas as chuvas pareciam tão diferentes... Elas caiam no rosto daquele menino que não sabe amar, mas a sensação era boa e nostálgica. Não, não era como nos filmes. Parecia algo surreal, fora de qualquer realidade. Essa chuva fazia o menino pensar que o que estava caindo ali eram suas memórias de algo bom, na verdade, ele achava que a chuva trazia isso de nostálgico e lavariam todo o seu corpo e deixariam apenas as coisas boas.
   Não, não era uma chuva qualquer e por mais nostálgica que seja, ela não trazia nada bom. Não se tinha sonhos, não se tinha o toque frio, não tinha brisa de nenhuma lembrança. Não tinha amor, não tinha compreensão, não tinha choro, só solidão. E ela tava ali, mostrando mais uma vez o quão sozinho ele era. Talvez, ele esteja destinado a isso e que ela só estava sendo sincera com ele. Talvez, a chuva poderia ser a sua única companhia da vida inteira e que eles estavam começando seus laços ali. Talvez nem a chuva o queria e estava caindo e escorrendo o seu corpo só para mostrar tudo, um dia, vai embora e nada, além do vazio que ali permanecia. O menino que não sabia amar  não estava desesperado ou chorava como se algo dentre da cabeça dele fizesse sentindo. Ele estava calmo esperando toda aquela chuva cair. O menino muitas das vezes se comparava com a chuva: se guardava nas nuvens, caía em algum lugar e escorria para poder juntar tudo no mesmo lugar. Assim como a vida dele.
    Ele não se pergunta mais de amor, porque talvez sempre tinha vivo ali com ele, que ia e voltava, assim como a chuva. Não, ele não tinha deixado de amar, ele só não sabe amar. A chuva caia mais forte e sobre a cidade inteira e já a essa hora, ele sorria como bobo. Talvez ele não queria nada novo, talvez ele não tinha coragem de sentir que aquilo era novo. A chuva que caia sobre ele era nostálgica de amor e as lembranças, que eram só dele, viram sonhos de amor. Não se tinha um porque, mas era antigo. Não tinha cabimento mas era gostoso. Não tinha futuro, mas tinha amor. Eu vi... Eu tava ali o tempo todo.

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Histórias de um coração que bate: sem nuvens, sem estrelas... só um vago azul negro

  Não queria deixar o bonde andar sem ele. O menino, desesperado, queria ir na janela e ver toda aquela vista que o bonde lhe dava. Era muito encantador, era cheio de luz era cheio de fadas. O sol daquele dia no bonde, era o maior e mais quente de todas as épocas naquela cidade mas tinha um brisa fresca e perfumada e o barulho gostoso daquele bonde ao fundo. Aquela volta no bonde era de bons momentos e de uma forte vontade de ficar ali, na janela, sentado vendo o tempo passar e não acabar. Era sossego, era sombra fresca e de um sorriso luminoso.
  A tarde no bonde tinha deixado o ar movimentado e nervoso, era muita gente no bonde. Pessoas passavam para lá e para cá. Todas esbarravam no menino e nenhuma ficava ali ao lado. O menino continuava sorridente e não sabia onde aquele bonde ia parar, mas o menino estava nele e seguindo em direção ao fim da praia. Parecia que o menino ganhava atenção, parecia que o menino era tão importante, parecia que todos queriam ficar no bonde com ele... se passaram dois minutos e o menino parecia uma figura cinza de álbuns de figurinhas antigos, daqueles que te davam brindes que no final das contas não presta para nada. Sim, ele parecia isso mesmo, e estava ali no canto esperando para ser trocado por outra figurinha. Ou simplesmente jogado fora como qualquer outro papel.
  Descendo do bonde, não se tinha nada. não se via nada e o bonde se transformava em bondinho na medida que ia embora pela praia.O bondinho carregava as estrelas e as nuvens; a alegria e o aroma gostoso; o calor e o frescor... e não sobra nada no bolso do menino, apenas uma nota velha e embolada de dois reais. Nada, nada, nada só o frio, ou nem ele. A vontade de correr atrás do e as lágrimas que o pediam para ficar ali. O menino não sabia o que fazia ali, não sabia o porque que chorava tanto e não sabia o porque que ia acabar sozinho. Ele só queria que o passeio no bonde fosse perfeito. Eu vi... Eu estava ali o tempo todo.

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Histórias de um coração que bate: O que não se pode evitar

  "Será que aquilo tudo não se passava de um sonho, ou realmente aconteceu? Eram tantas coisas tantos acontecimentos, tantas sensações, mas um só coração, uma só batida e um só suspiro!" - dizia o menino que não sabia amar depois de ter aproveitado aquela noite fria. O vento quente que batia em seu rosto, vinha da sua varanda que já estava iluminado por aquele sol de uma quarta-feira. O menino acordava confuso sem saber o que tinha acontecido. Era sonho, mas era real. a sensação era tão real quanto um tombo que deixa dores no outro dia. Ele não conseguia diferenciar o que era história e o tinha acontecido. um turbilhão de palavras passava pela sua cabeça e as imagens parecia como um filme bem produzido. Ele levantava sem ter a certeza de estar acordado, mas ele queria voltar para aquela sensação boa que sentiu durante a madrugada.
  O dia se passava como outro qualquer e tudo parecia muito normal. tudo, menos a sua cabeça. Era algo bom, e ele estava louco querendo descobrir o que era. com as horas se passando a sua memoria começava a voltar. Ele apertava a mão de alguém e o toque era muito quente, a pele daquela mão correspondia a sua respiração alvoraçado como se algo tivesse para acontecer ali. não havia um rosto claro, mas parecia contar uma história. Enquanto contava a história tinha a sensação de que aqueles olhos invadiam a sua alma em busca de um sentimento puro. Era sobre amor, era amor, e sempre foi amor, aquele que quase nunca existiu e que ele não sabia onde se localizava. Logo quando o menino acordou, acreditou que era no coração onde ficava o amor, e que ele estaria o levando a sonhar dessa maneira e que contava histórias. O céu mudava de cor ele esperando por algo mais claro. Nada e nada, não se tinha nada, só se lembrava dos olhos da alma e daquela mão quente.
  "Eu quero, mas não posso" - eram as únicas coisas que os olhos da alma falava com ele, era a única mensagem que ele carregava. Ele não sabia o que fazer, ele não sabia para quem correr e no meio disso tudo, vieram as lembranças de beijos na ponta do pé, de um cavalo branco, de um passeio de patins e um sorriso lindo que ficaram no fundo daquela cabeça bagunçada. Mesmo no fim, sem saber de nada ele ria com lágrimas nos olhos pelas coisas que ele sentiu e que tudo aquilo aconteceu, de alguma forma aconteceu. Tiveram quedas durante o patins, teve um susto com o cavalo branco, houve um desconcerto com as pontas do pé, mas nada de errado com aquele sorriso marcante. Era isso, era o motivo dele querer sonhar todos os dias. Mesmo não sabendo de nada, aquilo tudo foi dado a ele. Eu vi... eu estava ali o tempo todo!

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Cronicas de um amor próprio: até onde se vai por amor

  Nunca se sabe quando ou como, mas acontece. Mesmo sendo bom ou ruim. O amor vem para te deixar suspiros. É estranho sempre voltar no mesmo assunto, porque eu não sei se há verdade ou teorias. há idéias em comum, mas o amor vive em constante mudanças. Quase nunca se tem uma certeza, mas ele existe.
  Existem aqueles te consomem todos os dias e que nunca se sabe como lidar ou quando deixa de ser amor. Mas te faz pensar em momentos juntos, em casamento e em eterno. O problema é quando a pessoa não sabe ou talvez finge não saber. E é gostoso amar assim. Ter um amor platônico te trás sensações únicas e choros esternos. Não estar na sintonia do bem amado e dar intensidade de mais sobrecarrega qualquer um e deixa cicatrizes agridoce... ou amarga.
  Amor desenvolve, caso as pessoas estejam abertas para outra aventura, ou melhor, outra fantasia. ele pode sair de um amor platônico e virar algo mágico com cavalos brancos e finais felizes. E mesmo que não existam príncipes e princesas você está ali cavalgando nos cavalos e fazendo magia com luzes. São várias formas de amar  e várias formas de se mostrar, mas nunca se sabe quando ele aparece. Alguns dizem que não se escolhe amar, e outros de confundem, mesmo ele sendo um sentimento tão puro. Amor é amor, mesmo que da forma mais simples e próxima ou de forma complicada e distante. O problema é aqueles que desistem do amor e o banalizam, ou deixam de acreditar nesse conto de fadas. Talvez o uso indevido ou até mesmo a forma errada de procurar... ou só esqueceram de ler a parte onde os amores se encontram nesse lindo conto de fadas. E mesmo com tudo isso, ele não deixa de existir.
  O amor deixa de ser uma simples palavra quando você o tenta sentir. Se reconhece o amor nos gestos diferentes, olhares diferentes e o suspiros. Ele existe no sacrifício e na viagem para ver apenas um sorriso. São louváveis aqueles que largam tudo para dar força a isso e apostam na eternidade. Perde quem não arrisca e quem arrisca tem mais um capítulo para acrescentar no grande livro da vida. Existe destino, astrologia e ligações de vida passada, mas tudo depende do acreditar, da fé. Ele é mágico e existe e não se deve cansar de amar. Vá à distancias e deposite energia nisso e mesmo que não seja de cara, ou a primeira vista ele pode acontecer aos poucos. Afinal, se você for perder para tentar, você vai ganhar de quem? E eu não sei... só sei que é assim.

segunda-feira, 18 de março de 2013

Histórias de um coração que bate: Ou será que fui que alí entrei?

 Até onde você iria por amor?
"Eu nunca passei tanto tempo namorando algo com os olhos, gravando os sorrisos a cada piscada. Nunca morri tantas vezes..." Dizia o menino após encontrar o amor. Não que houveram muitos encontros.
O menino que negava a existência de um amor e relutava com isso até embarcar em uma avião. Não imaginava nada além de encontrar a boa garota que o aguarda para a sua , não tão grande, apresentação.
18:55 foi o sua primeira morte. O amor correia por aqueles corredores saltitante, contente e falante. O poder da fala só é dado para alguns, não para o menino que perdia todas as palavras, a voz e os pensamentos. Quais? Existiam pensamentos? tudo se resumia naqueles olhos castanhos e felizes por aquele corredor.
 A boa menina ria e pensava quantas vezes aquilo tinha acontecido.
Os dias passavam, as palavras surgiam de pouco em pouco. A boa menina insista que o menino fizesse algo, não podia ficar parado na cidade maravilhosa. Mas não havia pensamento quando se tratava do amor, além da chuva. O menino conheceu várias pessoas maravilhosas, conheceu os refúgios em uma cidade tão conturbada, ficou preso em casa e até mesmo em um cruzamento de via expressa. Era a vida agitada tão desconhecida e a boa menina insistia em dizer que era mais um programa de índio e tudo que ele queria era só um pouco de coragem.
O menino achava que as coisas estavam bem escondidas e discreta. E ao preparar um almoço, um bom senhor o disse: Para se fazer algo gostos como isso que você acabou de preparar, tem que se ter muito amor, não é? isso foi feito com amor? - Não só com amor, foi feito para o amor. Toda e qualquer tentativa era para chamar atenção de quem, talvez, não o notasse. O meninos que não amava, deixava de ser frigido e queria o amor, queria estar perto do amor. Era uma sensação nova, algo que nunca existiu e talvez não deveria existir.
 Houve despedias, houve presente, e pobre da boa menina que ficava alí na companhia do recém apaixonado que cantava musicas e escrevia poemas, como se toda a sua vida e seu motivo de existência estivesse ali naquele comodo e que tudo poderia mudar a qualquer momento. Então, chuva baixo ele foi de encontro ao amor. Ele queria ver o auge, queria poder se emocionar e estar junto. Chuva baixo ele esperava  e cada minuto parecia um mês, não existia gripe ou pés gelados ele só estava ali por uma razão. Chuva baixo e ele relutou até dizerem chega! Chega, nunca é bastante e a voz do amor, e a cena do primeiro dia que seus olhos gravavam ecoou, mesmo com toda aquela chuva. A melodia parecia pura e doce e a sensação era que ele poderia escutar aquilo todas as manhã enquanto levava o café na cama ou uma lullaby antes de qualquer sono profundo cheio de sonhos com gana para um bom futuro. Talvez o bom homem estava certo e tudo o que ele tinha feito era por amor. Era para o amor. O amor estava alí e o menino ia entrando sem pedir licença.
 Não haveriam mais empecilhos, era a hora. Foi o toque, foi o abraço, foi o carinho mais gostoso e o menino que não tinha palavras admitiu: Saí de onde estava para te ver, foi só por você, mas não deu. Não existia angustia maior que logo se foi por um gesto maior de amor. Aquele abraço foi feito filme de uma vida inteira passando pelos olhos. Não havia som e nem imagem hd só existia um para o outro. Um sem amor e ou cheio para dar. Era amor, o mais simples, o mais puro, e, finalmente, sincero. Era de se chorar, era de se lembrar. Era muito mais que amor e desejo. Não existe distancia, tempo ou dinheiro... eu vi, eu tava ali o tempo todo

quarta-feira, 6 de março de 2013

Histórias de um coração que bate: [...] Jurei até, que essa não seria para você

Tic-Toc! Agora é.
Tic-toc! O dia ta amanhecendo e a cabeça do travesseiro pesa de tanto medo.
Tic-toc! O frio na barriga e a pressão nos tímpanos continuam como de alguns meses atrás.
Tic-toc! O calor, o medo, o sorriso, o sonho e todas as outras coisas, deixam de ser o que são para serem lágrimas.
Tic-toc, tic-toc, tic-toc.
  O menino que achava ter controle sobre tudo, estava começando com seus planos e todas as teorias loucas de quem é um perfeito estrategista. O interessante que nada tinha fim, ou começo. Tudo era um piloto. Nada tinha mudado. E o menino continuava com aquela mesma ansiedade. Ele se via pronto para qualquer coisa que pudesse acontecer. Até mesmo se tudo virasse pó, ele veria de uma forma normal e sem medo nenhum. Mas, seu bruxismo voltou, e o tabaco já estava no fim. Os dedos tremendo e a vontade de fazer tudo e não poder nada, eram sinais de que as coisas poderiam dar certo ou não passaria de mais um chaveirinho qualquer. Poderia sim, querer o mundo, mas ele não tinha nem a própria razão. Não que ele seja dependente, mas era dele, é bom. Mesmo que não exista, ou esteja na lua e dentro dele.
  Os dias não poderiam estar sendo melhor: o mesmo calor de sempre, o mesmo barulho do ar condicionado, e mesmo sono da tarde e o mesmo amor.
  As tardes não poderiam estar sendo melhor: as mesmas músicas, as mesmas idéias, as mesmas vontades e o mesmo amor.
  As noites não poderiam estar sendo melhor: o mesmo trânsito, a mesma aula, a mesma lua, a mesma praia e o mesmo amor. Ele dizia que estava indo longe de mais, mas convencido de que era um tiro para o infinito. Ele sabe que não pode ser reciproco, mas ainda é amor e a histórias que passavam na cabeça dele eram coisas de livros infantis ou de seriado musical. Podem acontecer várias coisas e pode acontecer uma só. Ele tinha prometido que não seria assim, afinal, ele nem sabe amar, muito menos conhecia o amor. Mas escrevia musicas no caderninho e tentava, incansavelmente  musicar. Não precisava ser de sucesso ou tocar nas rádios, mas deveria se escutar e sentir tudo o que ele tinha para passar.
  O menino que inventava histórias, músicas e o amor. Estava feliz, feliz porque haverá uma certeza e um contato. Não, não será o fim do mundo. Pode ser inicio de uma saudade. Talvez o fato de querer conhecer o amor e sentir algo que não tinha certeza se já sentiu. Mas vai que os cosmo não seja tão mal assim e que ele tenha que conviver com isso e com a vontade de continuar. Se as coisas tiverem uma razão, no fim, tudo será para um bem maior. E mesmo que aquelas madrugadas não dormidas renderão uma história ou uma canção de amor longa e demora, mas que seja só escutada ou contada. Deverá ser sentida. Pode ser até cruel, mas eu vi... Eu tava ali o tempo todo.


          Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
          Caberá ao nosso amor o eterno ou não dá
          Pode ser cruel a eternidade
          Eu ando em frente por sentir vontade
                                         (Marcelo Camelo) 

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Um chaveirinho qualquer.

Então, é em um piscar de olhos que as coisas acontecem, o mundo muda, e sobra apenas os suspiros  O fácil da vida é fantasiar de forma como se tudo fosse seu e que o "joguinho" nunca acabará com game over: a forma de ter controle sobre tudo, o fato de achar que vai tudo dar certo e que não existe fim... que prazer imenso, não é? Sou do tipo de pessoa, ainda, que ajuda outros e ainda tentar por mais créditos para que o jogo continue e continue, mas nunca deposito fichas em mim e fico feliz em doar. Para quem sonha, 30 minutos de um paraíso próprio vale mais do que qualquer outra aventura real. Sonhar que haverá um dia que alguém vai chegar com um cavalo branco e cheio de coisas a oferecer. sempre, sempre e pra sempre. Vida tranquila, sem problemas com nada e nada acontece, mas sua vida continua perfeita. Mas sempre se pede por mais e nunca estamos satisfeito com nada, nem com aquilo que nos agrada e que ta sempre do lado Talvez eu seja daquele tipo de psicólogo que todos deitam sobre o meu divã e falam da vida de uma forma simples e conseguem se expressar de maneira impossível para qualquer outra pessoa de seu circulo. Talvez eu seja daquele tipo de psicólogo que está sempre pronto para escutar que vive. Talvez eu seja daquele tipo de psicólogo que tem tudo a oferecer, menos para mim mesmo. Eu penso que as pessoas deveriam andar sempre com um bloquinho e uma caneta para anotar tudo que pensam e sentem durante seu dia. dizer o que pensa, ou até escrever sobre alguma situação que venha a sua cabeça. Existem coisas que saem durante o silencio mental e que se vão quando sua começa a trabalhar. Já que não existe cavalos brancos, e não se tem o pra sempre, nem fichas para se depositar no jogo. O que nos resta é por em pratica e seguir a maré.

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Histórias de um Coração de bate: É moreno...

"Tem gente que a gente simpatiza sem saber endereço, nome completo e cor dos olhos. A gente simpatiza porque em algum pontinho lá dentro, a alma foi feita igual...” Faz, exatamente, um mês que o menino cheio de esperança não tinha noticias sobre o amor. Fazia muito tempo que ele pedia para que as coisas dessem certo em algum momento na vida dele por conta do amor. Havia sonhos e havia momentos de alegria. Haviam suspiros de uma noite cheia de história para contar. Mas nada disso existia. Nada disso se conhecia. Fazia parte de um mundo dele onde não se sabia quem nem porque. Não ter expectativas, fazia com que o menino que não sabia amar saísse da sua zona de conforto. Todos sabiam quem era e todos sabiam que fim isso poderia tomar, menos o amor. O menino escrevia cartas para o amor que não eram lidas e mal se tinha respostas ou notícias delas. Não ter expectativas. Ele esperava por alguma resposta, que seja um sorriso ou até mesmo algum sinal de fumaça. Não ter expectativas. Não sabia quando isso tinha começado ou se haveria algum fim, mas acreditava que era algo dele. Não ter expectativas. não conhecia o amor e toda a história gira em torno dele. nenhum telefone, nenhuma história, nada de gosto musical ou livros preferidos. Só tinha o nome e um retrato. Não ter expectativas, nada de expectativas, expectativas... Alegava que era paixão e de alguma forma sabia disso. Os sinais estavam ali, mexendo com todo seu corpo. Desde as pernas bambas a respiração bem ofegante. As noites que passava acariciando a foto, a sensação boa de dormir em um aconchego do travesseiro, e os sonhos que pareciam os mais reais. O avisaram sobre o erro e logo reconheceu. Não havia mais cartas, não havia sonhos, sem suspiros, sem notícias ou perguntas. Só vazio. De alguma forma, o amor que não era dele, o fazia sentir bem, e mesmo que seja difícil de explicar ele só sabia sentir tudo aquilo. Era amor, era amor da forma mais bizarra e incomum, mas era dele. Exatamente um mês que ele não tinha notícias do amor ou qualquer coisa parecida. Faz exatamente um mês que ele estava triste. Exatamente um mês que nenhuma musica o fazia suspirar. Exatamente um mês para conhecer. Exatamente um mês e ele está de mala pronta e diz: Tem gente que a gente simpatiza sem saber endereço, nome completo e cor dos olhos. A gente simpatiza porque em algum pontinho lá dentro, a alma foi feita igual... Eu vi... Eu estava ali o tempo todo.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Crônicas de um amor próprio: Aquele que coleciona amor

Quem sempre busca algo sem ter certeza, sempre terá varias coisas para achar. é triste se deparar com várias coisas na cabeça e não se dar conta do quão perdido se está dentro de uma ideia sua. Eu sempre me perguntei como ter noção de se lidar com vários amores e como isso acontece, já que amor é tão puro e não se escolhe quando vai acontecer. "acontece sem se ver", mas isso acontece várias vezes? se juntar a quem coleciona amores é só juntar mais casos de amores. Então, não é amor? será amores em níveis diferentes? E quão intenso ele pode se tornar? Amores, serão sempre amores, mesmo que passe por uma vida inteira. Aos que o colecionam é só mais uma questão de coisas que te lembram outros amores. Não existem amores iguais, mas as ações podem ser, e mesmo que haja ódio ele sempre será preenchido por um sentimento mais forte de amor. As vezes eu só precisava que minha vida parasse um pouco só para deixar de pensar como penso, ou que ela tivesse resposta para tudo, mesmo que fosse um pouco chato saber de tudo. Sofrer por colecionar amor, deveria ser normal. já que não é tão normal ter tantos amores e se confundir tanto. As vezes eu queria tanto apenas, um motivo, para acabar com esse álbum de coleções intermináveis. Não se escolhe amar, nem se escolhe como isso vai acabar. quem sente todo aquele friozinho na barriga sabe o quão bom é o calor de um abraço, e mesmo que sejam vários, o calor continua o mesmo, até vir uma supernova. Não há resposta e nada acontece ao acaso, e o porque disso tudo... eu não sei, só sei que é assim.

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Amor by love

Tem que se ter muito amor, antes de sofrer por ele. Aos que suspiram no escuro da noite, meus comprimentos. E para aqueles que estão fingindo não chorar, todo o meu respeito. não existe fardo maior. Não existe vontade maior de sorrir. não existe sentimento que preencha mais do que o amor. Aplausos para quem falar de amor de uma maneira simples bem fácil. Não há controle e as coisa não acontecem como você, realmente, acha que vai acontecer. Sempre há mais um que ta escrevendo por amor aí pelos cantos. Há outro compondo canções e melodias intermináveis sobre... E nunca é suficiente e nunca descreve do jeito que tem que ser. Quando pequeno girino, te ensinam tantas coisas e te preparam para um mundo de desordem e tropeços. mas não se ensina a controlar aquele "tum tum" e o arrepio. "Mas, o que é isso?" E as batidas continuam É uma eternidade, um livro sem título, umas canção sem melodia E não há nenhum livro de auto-ajuda que te faça entender. "É meio ridículo aprender a nadar, quando já está afogando"! "...Não tente acumular esperanças por alguém Que, um dia você escolheu, para cumprir suas profecias Vai, então, perceber e parar de criar teorias malucas Se esse alguém não percebeu. É melhor esperar. Um dia vem. A simplória verdade existe para quebrar Sua teorias malucas."

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Sussurros para um travesseiro

Está tão tarde. Só não é muito tarde para tentar descobrir o que o amanhã nos trás. De todas as coisas que devem ser sentidas na vida, o que mais dói, além da carência, é a saudade. Por si só, é uma palavra tão cheia de lembranças e tão cheia de remorso. Tão cheia de mágoa e tão cheia de alegria. Saudade boa e saudade ruim, não sabe qual a pior! Nos seus males ela carrega aquilo que é seu e leva para bem love. Não te deixa retrogosto ou vestígio nenhum. Carrega para ela como se só pertence a ela. É triste, e é frio é dor. Como piedade te deixa a memória de um "oi", de um beijo, até mesmo de um sorriso, mas nada com que volte com o que se foi. A saudade é acumulativa, e só quem sente sabe dizer o quanto se acumula. Não há contrário de saudade nem há sinônimo. Só há angustia. Já seu lado bom, a saudade, te trás sorrisos, te trás a vontade de viver aquilo tudo de novo e tudo o que foi vivido ela deixa marcas. algumas vezes até amigos. Ela não te deixa só e te faz pensar, que alguma hora, vão haver momentos de mais saudades e que vão ser vividos mais vezes, de formas diferentes, mas cada uma com sua peculiaridade. A saudade vira histórias. Histórias que toda uma geração precisa saber. São tempos vividos que não se tornam passados, porque de alguma forma ainda vive dentro de você, e que se passem ano, que vai parecer tão perto e com todo o frescor de uma memória da tarde de um dia anterior. Quem sente saudade ama e espera para sentir tudo de novo. A saudade, quando verdadeira, ela te da o mais sincero presente. O choro, carregado de magoa, de tristeza, de desespero, vem sempre carregado por amor, esperança e saudade. saudade é semelhante ao amor. E como amor, ninguém escolhe ter saudade. E como saudade, ninguém escolher ter amor. Se escolhe esperar para que a saudade e o amor se tornem um: abraço, um beijo, um sorriso, uma mordida, uma carta... Que se unam para se tornar o presente! "Depois do sonho, depois de abraços Noites sem dormir Você vem aqui E agente estabelece nossos laços Aquele adeus, toda a sensação Você vai embora E eu fico junto com nosso verão Nosso amor Se vai com o amanhecer"

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

História de um coração que bate, bate e bate

"Era amor, eu tenho amor, será amor?" Em uma noite de virada, o menino subia as dunas de um paraíso sem fim. Era fim de ano, e como sempre, era assustador, era de embrulhar o estômago , era de se esperar choro e desespero. Na subida para as dunas choviam estrelas e o soprava um vento prateado solidão. A lua olhava para todos e sentia pena daquele sem amor. Para muitos era festa, era perdição, era o fim do mundo. E para o menino, era mais uma virada de retornos. Memórias de todo o ano, história de uma parte da vida, sentimentos que se foram para não mais voltar. A lua o julgava, enquanto todos estavam cantando musica de marchinhas ou de congo e tudo parecia tão feliz e belo, que o medo foi tomando conta de todas as outras emoções e o único vestígio de sentimento era riso nervoso. Quando a noite do dia 31 se tornava amanhã do dia 1º, o menino que não tinha amor, e tinha perdido todos os seus sentimentos, deixou que caísse a primeira lágrima, e ela rolou do pico até os o ultimo grão de areia na parte de baixo das dunas. Banho de espumante de vinho branco e tudo parecia em câmera lenta. Beijos, sorrisos, telefonemas, fogos, papeis e até mesmo drogas. Mas pareciam todos felizes: casais, amigos, amigos coloridos, ripes. As estrelas caiam como se o céu tivesse chorando e a lua dançava com as nuvens, carregando-as para tão longe, enquanto a festa, nas dunas, parecia perdurar a madruga inteira. Não havia motivos nenhum para sofrer, nem para chorar, então, o menino sem amor, foi distribuir do mais puro e sincero afeto a quem comemorava por ele. Um por um, felizes, saltitantes e banhados por espumantes de vinho branco receberam do mais sincero presente do garoto. O tempo passava e os abraços não pareciam acabar. Ele estava com um medo intenso, sabia que algo estava por vir e quando completou , exatamente 20 minutos do primeiro dia do ano, ele avistou o amor que vinha ligeiro para abraçar o menino. Ele fugiu daquele momento, ele sabia de tudo que poderia acontecer. Evitou de todas as formas qualquer palavra que pudesse significar algo ou demonstrar qualquer sentimento com qual ele não tivesse controle. Sem escapatória, o amor o abraçou. Era o destino, mais uma vez o dizendo que ele pertence aquilo ali. Era o que el não tinha, o que ele tinha largado a muito tempo e o que ele tinha medo de enfrentar. Era o amor, o mais puro e sincero que estava o abraçando. Era o amor dos sonhos nublados, era a sombra que ele sempre via e nunca soube o porque, e o amor, fez com que que aquele abraço não tivesse fim e que aquela noite de verão seria deles. "Eu te amo, por incrível que pareça, mesmo depois de tudo que fiz. Eu te amo e é verdade." enquanto o menino chorava e molhava todo o seu peito com lágrimas de arrependimento, por esquecer, por não acreditar, por fingir que não existia. Era amor, o mais puro amor e sincero. Só quem tem sente, só quem sente sabe. O menino foi estúpido em não falar nada, mas seu coração dizia que era o amor da sua vida, daqueles clichês americanos do cinema. Era para sua vida toda e não havia limites nem intensidade. Mas era ideal, só existia na ideia. Era extinto e ilusão. Não tinha fim porque não há começo, era toda uma grande história resumida em um só grão. Não se tinha, era incerto. Doce, porém impalpável; não se tinha motivos não tinha lógica, era só ideia. Era uma triste história de amor que uma lágrima contou quando rolou até o fim das Dunas de Itaunas. Eu escutei e vi... Eu estava ali o tempo todo