terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Histórias de um coração que bate: Vênus

  Naquela noite, ele te olhou vindo pelas areias da praia; lentamente, passo a passo como se você flutuasse em direção a ele. Parecia uma daquelas noites de verão onde o céu ameaçava desabar, mas, as nuvens que ali se encontravam, abriram espaço para que a lua pudesse banhar todo o seu rosto e era o único que ele conseguia ver naquele luau. O afeto e todo aquele desejo de cuidar o atingiram certeiro e, o menino que não sabia amar, ficava ali te olhando com as mais lindas vestes de Vênus enquanto você espalhava toda sua simpatia e carisma para quem tivesse disposto a aceitar. E a sua timidez era uma dádiva e o alimento da vontade daquele menino. O que ele mais queria era poder perder todas as suas noites olhando para aquele sorriso, e toda aquela expressão de timidez, sem contar, com toda aquela formosura estranha de como você jogava a areia para cima ao caminhar pela parte mais alta da praia.
   Ele tinha certeza de que tudo aquilo foi planejado e pelas tramoias mais inocentes e doce. O menino tentou te dar toda a atenção do mundo, mas Vênus o tinha fisgado e ele lá tinha ficado: paralisado, sem voz e reação; e enquanto você ria daquilo tudo o menino perdia o ar e vontade de falar e se perdia cada vez mais pelas avenidas dos sonhos. O menino era um sonhador e idealizador de tudo. Ele planejava te encontrar, planejava falar com você e te chamar para dançar. Planos, planos e planos e o que aconteceu foi do contrário o melhor e ele pode sorrir como se fossem os últimos suspiros da sua vida. Ele sabia da sua história, ele ja te conhecia, ele só queria estar um pouco mais próximo.  Aquelas duas horas pareceram 2 dias, e esse 2 dias passaram o mais prazeroso devagar possível. A cada segundo ele sentia o seu estômago dançar de felicidade e as estrelas dançavam a seu favor e eram acessórios lindos para a sua Vênus. O menino, que não sabe amar, registrava todo aquele momento onde tudo parecia tão certo.
   O céu era seu. A lua não estava ali e o céu foi de um azul royal a um laranja e tudo que ali tinha se misturava com aquela cor. Enquanto você estava hipnotizado por todas aquelas cores híbridas o menino sentava ali ao seu lado e escrevia todo o roteiro de um filme. Ele quer te dar flores, te levar para jantar, cozinhar para você, te mimar, te levar um bombom sempre que tiver vontade, quer fazer bolhas de sabão, deitar no capô do carro para desenhar no céu com você, quer tornar seu mundo, ser seu porto seguro e o que você mais quiser. Naquela manhã, qualquer sorriso era uma eternidade vivida ali. E que cada abraço seu era alívio, e ele vai guardar todos os registros porque, naquela manhã ele tinha você e filmava cada passo seu até sumir do outro lado da rua. Eu vi, eu estava ali o tempo todo.