segunda-feira, 27 de julho de 2015

Romance pra um

Essa carta é para lembrar que você ainda existe. É para lembrar que aquele único dia não existiu. Talvez, eu tive um delírio depois de alguns shots de tequila.
                Talvez, se toda a “nossa” história fosse contada por você, mudaria alguma coisa no final. E aí eu não precisaria de mais algumas doses de tequila, as paredes deixariam de ser minhas ouvintes e, mais uma vez, eu não precisaria te escrever cartas.
Eu não te culpo. Essa pode ser a minha condição: a busca inalcançável pelo inexistente você. E que belo título para um romance de uma pessoa só!
Isso tudo nunca deveria existir, nunca foi para ser... eu escolhi não ser.  Agora sou eu quem vive esse romance, e acabo esquecendo que, essa dança é para um só.
Não deixe mais rastros, nem finja que foi meu.
Ainda tá guardado todo o ódio e frustração, junto com o seu cabelo, sua voz, sua boca e até as pontas dos dedos. Tá guardado as minhas unhas roídas, os lencinhos de rosto e você.

O que eu estou fazendo é me desligar de você pouco a pouco. E quando não formos mais nada, seremos NÓS de novo.