quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Histórias de um coração que bate: Café com Mari.

     "Me dê um café?
     Com açúcar, por favor. Minha vida não anda melada... nem amarga. Ela continua sendo vida. Não, não espero ninguém, mas, caso apareça, será bem-vindo com a vida.
     Você já ouviu falar nessa gente? Essa que vive rindo como se a vida fosse fácil como mostrar as canjicas. Não acho que ela são felizes o tempo todo, inclusive, acredito que são um bando de “finjões” . Comparo eles com esses blocos que usam mascaras e fazem coisas e mais coisas brigando pelo que eles acreditam e não mostram o rosto. Os finjões são assim com a vida. Todo mundo tem problemas e quer quebrar as coisas, mas não sei se é assim que funciona.
     Meu café, já vem?
     Não tenho raiva desse povo. Talvez eu até os conheça. Talvez, estão tão perto que me enganam todos os dias com suas mascaras... você pode ser um deles, sabia?
Qual o seu nome mesmo?
 Mariana?
 Posso te chamar de Mari? Então Mari, você pode ser uma” finjona” e viver como vive. Não que isso seja um problema ou algo abominável, mas não entendo a capacidade de sorrir e amar fácil. Você ama fácil? Pois é Mari, eles também , e o amor deles é igual aquelas balas... aquelas azedinhas... doce por fora e ácida por dentro...
...
ISSO! TNT!
Assim é o amor deles: doce e curioso, sem saber o que tem dentro. Superficial e marcante até o meio, quando se torna azedo, insuportável que te da vontade de cuspir e não querer mais aquela bala. Sim, já provei desta bala e não foi ruim, mas vazio...
     Obrigado!
 O café ta uma delicia assim como nossa conversa, Mari. Olha, gostei de você! Só escuta e acena com a cabeça assim como os “finjões”.
É! você é um deles e não, não é problema ser um, já disse!
Onde eu estava? Isso, no vazio.
Eles vão e voltam, sempre. É impressionante que eu não consiga ser assim: dado, entregue e sempre sorrir. É, tenho inveja deles. Deles, de como amam e de como são: Tão e impulsivos, sem expectativa e sem verdades, só mascaras.
     Não, obrigado. Um café só basta.
Minha vida tá muito amarga. Mas eu estou bem: estou conversando com você, meus amigos não sabem de metades das coisas que aqui lhe disse, sou outro com eles. Meu amores não passam de três meses e conheço pessoas que, mal sei o nome, e me apego a elas como se fossem minhas pelo resto da minha vida. Mas eu não sou eles...
Não...
Igual a eles."