domingo, 17 de fevereiro de 2013

Histórias de um Coração de bate: É moreno...

"Tem gente que a gente simpatiza sem saber endereço, nome completo e cor dos olhos. A gente simpatiza porque em algum pontinho lá dentro, a alma foi feita igual...” Faz, exatamente, um mês que o menino cheio de esperança não tinha noticias sobre o amor. Fazia muito tempo que ele pedia para que as coisas dessem certo em algum momento na vida dele por conta do amor. Havia sonhos e havia momentos de alegria. Haviam suspiros de uma noite cheia de história para contar. Mas nada disso existia. Nada disso se conhecia. Fazia parte de um mundo dele onde não se sabia quem nem porque. Não ter expectativas, fazia com que o menino que não sabia amar saísse da sua zona de conforto. Todos sabiam quem era e todos sabiam que fim isso poderia tomar, menos o amor. O menino escrevia cartas para o amor que não eram lidas e mal se tinha respostas ou notícias delas. Não ter expectativas. Ele esperava por alguma resposta, que seja um sorriso ou até mesmo algum sinal de fumaça. Não ter expectativas. Não sabia quando isso tinha começado ou se haveria algum fim, mas acreditava que era algo dele. Não ter expectativas. não conhecia o amor e toda a história gira em torno dele. nenhum telefone, nenhuma história, nada de gosto musical ou livros preferidos. Só tinha o nome e um retrato. Não ter expectativas, nada de expectativas, expectativas... Alegava que era paixão e de alguma forma sabia disso. Os sinais estavam ali, mexendo com todo seu corpo. Desde as pernas bambas a respiração bem ofegante. As noites que passava acariciando a foto, a sensação boa de dormir em um aconchego do travesseiro, e os sonhos que pareciam os mais reais. O avisaram sobre o erro e logo reconheceu. Não havia mais cartas, não havia sonhos, sem suspiros, sem notícias ou perguntas. Só vazio. De alguma forma, o amor que não era dele, o fazia sentir bem, e mesmo que seja difícil de explicar ele só sabia sentir tudo aquilo. Era amor, era amor da forma mais bizarra e incomum, mas era dele. Exatamente um mês que ele não tinha notícias do amor ou qualquer coisa parecida. Faz exatamente um mês que ele estava triste. Exatamente um mês que nenhuma musica o fazia suspirar. Exatamente um mês para conhecer. Exatamente um mês e ele está de mala pronta e diz: Tem gente que a gente simpatiza sem saber endereço, nome completo e cor dos olhos. A gente simpatiza porque em algum pontinho lá dentro, a alma foi feita igual... Eu vi... Eu estava ali o tempo todo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário