quarta-feira, 6 de março de 2013

Histórias de um coração que bate: [...] Jurei até, que essa não seria para você

Tic-Toc! Agora é.
Tic-toc! O dia ta amanhecendo e a cabeça do travesseiro pesa de tanto medo.
Tic-toc! O frio na barriga e a pressão nos tímpanos continuam como de alguns meses atrás.
Tic-toc! O calor, o medo, o sorriso, o sonho e todas as outras coisas, deixam de ser o que são para serem lágrimas.
Tic-toc, tic-toc, tic-toc.
  O menino que achava ter controle sobre tudo, estava começando com seus planos e todas as teorias loucas de quem é um perfeito estrategista. O interessante que nada tinha fim, ou começo. Tudo era um piloto. Nada tinha mudado. E o menino continuava com aquela mesma ansiedade. Ele se via pronto para qualquer coisa que pudesse acontecer. Até mesmo se tudo virasse pó, ele veria de uma forma normal e sem medo nenhum. Mas, seu bruxismo voltou, e o tabaco já estava no fim. Os dedos tremendo e a vontade de fazer tudo e não poder nada, eram sinais de que as coisas poderiam dar certo ou não passaria de mais um chaveirinho qualquer. Poderia sim, querer o mundo, mas ele não tinha nem a própria razão. Não que ele seja dependente, mas era dele, é bom. Mesmo que não exista, ou esteja na lua e dentro dele.
  Os dias não poderiam estar sendo melhor: o mesmo calor de sempre, o mesmo barulho do ar condicionado, e mesmo sono da tarde e o mesmo amor.
  As tardes não poderiam estar sendo melhor: as mesmas músicas, as mesmas idéias, as mesmas vontades e o mesmo amor.
  As noites não poderiam estar sendo melhor: o mesmo trânsito, a mesma aula, a mesma lua, a mesma praia e o mesmo amor. Ele dizia que estava indo longe de mais, mas convencido de que era um tiro para o infinito. Ele sabe que não pode ser reciproco, mas ainda é amor e a histórias que passavam na cabeça dele eram coisas de livros infantis ou de seriado musical. Podem acontecer várias coisas e pode acontecer uma só. Ele tinha prometido que não seria assim, afinal, ele nem sabe amar, muito menos conhecia o amor. Mas escrevia musicas no caderninho e tentava, incansavelmente  musicar. Não precisava ser de sucesso ou tocar nas rádios, mas deveria se escutar e sentir tudo o que ele tinha para passar.
  O menino que inventava histórias, músicas e o amor. Estava feliz, feliz porque haverá uma certeza e um contato. Não, não será o fim do mundo. Pode ser inicio de uma saudade. Talvez o fato de querer conhecer o amor e sentir algo que não tinha certeza se já sentiu. Mas vai que os cosmo não seja tão mal assim e que ele tenha que conviver com isso e com a vontade de continuar. Se as coisas tiverem uma razão, no fim, tudo será para um bem maior. E mesmo que aquelas madrugadas não dormidas renderão uma história ou uma canção de amor longa e demora, mas que seja só escutada ou contada. Deverá ser sentida. Pode ser até cruel, mas eu vi... Eu tava ali o tempo todo.


          Eu quis te conhecer, mas tenho que aceitar
          Caberá ao nosso amor o eterno ou não dá
          Pode ser cruel a eternidade
          Eu ando em frente por sentir vontade
                                         (Marcelo Camelo) 

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