quinta-feira, 1 de maio de 2014

Crônicas de amor próprio: Valsa de dois pés esquerdos

Eu não preciso do consentimento para te amar. Mas, vem ver o céu mudar de cor comigo? Vamos falar da tua vida e de quão chata ela vem sendo ultimamente? Te encontro lá na esquina da tua casa ou naquela praia que vem sendo nosso lugar.
A lua vai demorar a aparecer, enquanto isso, a gente ri, eu toco uma música de acordes fáceis enquanto você se embola com outras notas no meu ukulele porque você esqueceu de tudo o que eu te ensinei na primeira aula.
Quando o céu já estiver escuro e a gente tiver esquecido do que falávamos, eu te amo de novo e você começa a rir de nervoso. Você diz que vai embora e eu já me acostumei com sua partida, já me acostumei com o seu desaparecimento, mesmo eu querendo que você fique e com a vontade de te dizer que o tempo poderia ser mais proveitoso comigo ali, ou algo do tipo, porque na verdade, não há tempo e eu não preciso do seu consentimento para te amar e te amo de novo.
E então, você faz da ciclovia seu ter carpet e eu te assisto ir. Enquanto você some no horizonte eu me pergunto de onde vem esse amor. Talvez, te ver andando pelas ruas, falando com estranhos, fazendo seus barulhos, tão únicos, em cada fala sua e até mesmo, gesticulando um tanto desajeitado, tiveram me marcando por algum tempo.
Ei! Posso te chamar para dançar? Não recuse por favor! Se a gente não ligar para os olhos de fora o mundo se torna nosso e nossa valsa de dois pés esquerdos se torna impecável. E eu... eu volto a te amar de novo. Afinal, eu não preciso do seu consentimento para te amar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário