segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

É Segunda-Feira.
Eu já não me importava se tinha papas na língua ou não. Era difícil passar noite sozinho escutando o barulho do ventilador e dos passos no escuro.
É começo de manhã e aquela ânsia para que chegue ao meio estava na minha garganta. Eu sentia aquilo arranhando e eu pedindo por mais, eu queria saber o que os dois minutos da frente me guardavam.
Era uma longa manhã, eu vagava pelas ruas contando as horas e o nervosismo já tomava conta dos meus músculos e a ansiedade era expelida da minha garganta como o vomito e eu já perambulava inquieto. "Oi? É comigo?" , já não me conheço como ser. Sou habitante de um mundo novo que me apresentaram e eu abracei.
Já é tarde, quase noite e aquele desejo, já distante, nem bate tanto mais na minha porta, as horas são vagarosas e eu venho me acostumando. Será que eu preciso de companhia? Ou as horas andam devagar para me manter longe do meu desejo?
Já é noite, o sol foi embora e meus pensamentos estão chegando ao fim. Por mais que seja aceitável o fato de me tornar dependente mais uma vez, me escapa da cabeça a possibilidade de aceitar, e aquela ânsia... não sei dizer mais o que é! A queimação que sinto aqui pode ser mais uma surpresa ou só a tristeza batendo na porta de novo. Se fosse para escolher ser dependente as coisas não seriam assim. E eu gosto, realmente gosto e admito, mas não sei se estou pronto para essa responsabilidade. Porque não cabe só a mim decidir, mas sim de outro a concordar. Que venha em outrora minha resposta.
Já é Terça-Feira e eu não sei de mais nada!

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