quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Histórias de um coração que bate: Curumim

   Nas noites mais escuras, o menino procurava em toda ilha em busca do Curumim. Estranho, mas ele parecia ter sumido e ninguém o via em lugar algum, e mais estranho ainda, é o menino se preocupar com toda essa situação. Na noite estrelada, daquele dia, o menino parecia não interessado e muito menos transparecia seu nervosismo. E quando encontrou o Curumim... ahhh o Curumim; toda aquela sua mascara tinha caído e no chão só ficavam todos aqueles sentimentos expostos; e é engraçado que o Curumim continuava sereno com toda aquela situação. Até porque, quais seriam os motivos de tanta afobação?
    O menino queria saber mais do Curumim e em um espaço curto de tempo, ele se foi. Se foi e deixou tudo ali para trás. E o que fazer com toda aquela vontade do menino? Ele se perguntava todo o momento e o que tinha acontecido ali e porque? porque? O menino, que não sabe amar, pode parecer um pouco chato e psicótico. Mas não se assuste Curumim, ele só queria saber de você e se tá tudo bem. Ele sabe que quando o dever te chama, costuma sumir pelas matas e esquecer tudo para trás. E que se você não se concentra o foco se perde, que você ama a solidão e não a considera um castigo, e que nas coisas mais simples você vê toda uma vida de felicidade. Ele sabe que a lua é seu regente e que maré de sentimentos quando se é filho da lua, não é?
    O menino queria deixar um recado para o Curumim e no meio de toda aquela lama ele deixou algo ali, que antes de ter sido levado pelo vento, tocou o coração de alguém.
     
         Curumim
            Porque nas matas você sumiu?
            E o meu adeus aqui ficou
            Curumim
            Isso foi tudo que deixou?
            Ou foi algo no rio que ouviu?


            Deixa toda essa marca
            Que só sua curiosidade tem
            Sua canoa tem Vaga?
            Não me deixe aqui
            Te olhar me faz bem
            Mas se for solidão
            Porque te deixar ir?

     Naquela noite, aquele poeta de bar, com mais 3 acordes, fez a trilha sonora da vida do menino. Eu vi, eu estava ali o tempo todo...

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